quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

[LANÇAMENTO] - kate Somente - Rocco

Hoje tem lançamento da editora Rocco. Ela publicará o livro Plain Kate da autora Erin Bow. A autora já escreveu livros como Wood Angel e Sorrow's Knot. A editora brasileira nos traz a edição de Plain Kate com a tradução [kate Somente].


KATE SOMENTE:
Sinopse:
Uma jovem órfã com poderes mágicos é perseguida pelos moradores do vilarejo onde vive desde que uma misteriosa névoa encobriu os campos, arruinando as colheitas e espalhando medo, fome e doenças. Tendo seu gato como único companheiro, Kate não pensa duas vezes quando recebe uma inusitada proposta: em troca de sua sombra, o misterioso Linay oferece à menina a chance de fugir dali e encontrar um novo lar e uma nova família. Mas será que Kate será capaz de viver sem sua sombra para sempre? Romance de estreia da canadense Erin Bow, Kate somente é uma adorável história de magia e amadurecimento.











INFORMAÇÕES:
Edição: 1
Editora: Rocco
ISBN: 9788579801488
Ano: 2013
Páginas: 344
Tradutor: Waldéa Barcellos

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[LANÇAMENTO] - Rain of The Ghosts

Olá pessoal. Vocês já ouviram falar de Greg Weisman? Ele não é nada mais nada menos do que escritor e produtor nas telonas americanas. Ele criou as renomadas Garulas e também foi produtor supervisor do recém lançado O Epetacular Homem Aranha.


Está trabalhando em uma série animada pra a televisão e seu mais novo livro  [RAIN OF THE GHOSTS] foi anunciado em uma pré-venda da Amazon de nada mais nada menos que 1 Ano. Isso mesmo. O livro tem previsão de lançamento dia 03/12/2013 mas você já pode encomendar o seu exemplar por apenas 9,99 dólares.



O que mais me chamou atenção nisso tudo foi a capa dele. Muito bem trabalhada, ela é extremamente convidativa. Não tem nenhuma previsão se o livro virá ao Brasil ou não. Ele será lançado pela editora americana St. Martin's Griffin e possuirá 288 páginas. Por enquanto a sinopse do mesmo ainda não foi divulgada.


INFORMAÇÕES:
Edição: 1
Editora: St. Martin's Griffin
ISBN: 9781250029799
Ano: 2013
Páginas: 288

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Imagem do Dia - Ases da Literatura - O Último dia Antes do Fim do Mundo

Olha que linda a Imagem do conto a autora M. F Vencelau, na antologia do ases da literatura publicada pela  Novo Século: O Último dia antes do fim do mundo.

Será o Fim?

[RESULTADO] - Promoção O vale dos Anjos

RESULTADO

Bom. Vamos para mais um delicioso resultado de promoção.


Essa é uma das partes favoritas de você e minha também, pois é com a maior satisfação que vejo vocês participando e se interessando pelas obras que sorteamos por aqui. levando em conta que quase todas são obras de autores nacionais, isso é mais que gratificante.


Agora quem será que vai levar para casa o livro O Vale dos Anjos?


A sortuda da vez foi a  Silvana Crepaldi. 


PARABÉNS!

Já entrei em contato com ela e ela tem até 48 horas para responder o email e informar seus dados para o envio do prêmio. Caso isso não ocorra um novo sorteio será realizado


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

[RESENHA] - Noturno



Em Noturno, temos a história de uma jovem que vê sua vida mudar depois de um inexplicável acidente. Recém-encontrada em uma mata fechada, completamente coberta por lama e aparentemente perturbada, o único lugar para se acordar é em uma ala psiquiátrica. Além das complicações de lidar com dúvidas sobre o desaparecimento e o estranho acidente, sinais de alucinações começam a ecoar em sua cabeça – e nesse momento você começa a questionar a própria sanidade. Por mais que você tente ignorar a doce voz que a controla,
ela lhe pedirá que não a abandone... Isso levanta a pergunta: Será que algo afetará minha cabeça? A triste verdade é que você se rende ao inevitável. E comete um dos maiores erros da sua vida: apaixona-se. Mas o pior está por vir quando você descobre a verdade e percebe que o que sentia era uma mentira, que o que tinha em mãos não era seu. E nunca será. As mentiras e descobertas continuam e você vê que fazia parte de um pacto. Você foi traída. Não por aqueles que a cercavam e sim por sua voz interior. A única pergunta que some e volta em sua cabeça agora é: como fugir do presente que você mais desejou? E é ai onde sua história realmente começa e você vê que não tem como voltar atrás. E, de um jeito estranho, está feliz com isso.

INFORMAÇÕES:
Edição: 1
Editora: Dracaena
ISBN: 9788582180426
Ano: 2012
Páginas: 292
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***

Em Noturno conhecemos a história de Annabelle, uma garota como qualquer outra que vive uma vida normal. O primeiro ponto de virada acontece já nas primeiras páginas do livro, quando Enny vai para a floresta e “algo” acontece com ela por lá.

Sim esse algo é entre parêntese pois é uma coisa muito estranha, sem pé e nem cabeça e que mesmo lendo duas vezes eu não entendi. Sim, quando cheguei numa determinada página eu voltei a leitura. E mesmo relendo eu não entendi o inicio do livro.

Felix tem uma escrita boa, porém o problema em Noturno é a quantidade de informação que ele omite do leitor.Isso causa desconforto. Sei que isso foi intencional, no entanto, pra tudo existem a dose certa, menos é ruim e demais estraga.

Conforme a história vai se desenvolvendo, pouca coisa acontece. Desde o primeiro ponto de virada até o segundo, que é praticamente no final do livro, o autor coloca sua personagem principal em cenas simples do dia a dia de uma garota, que poderiam ter se resumido em bem menos capítulos.

Nessa parte o livro passa a ter um gênero apenas romântico. Para vocês mulheres, acredito que irão gostar mais do que eu gostei dessa parte.
O bom do livro é que Enny é uma personagem muito real. Mesmo com as confusões da trama, a construção de seu relacionamento com Briana (sua melhor amiga) e Scoot (o namorado de Briana), acontece de forma muito natural.
Não houve erros de Pontos de Vista na história e o timing depois do terceiro capítulo começou a fluir muito melhor. Após o segundo ponto de virada, o Timing voou, e a qualidade da escrita melhorou MUITO significativamente, o que mostra um amadurecimento na forma de escrever do autor. 


Outro ponto que não deve ser esquecido são as músicas que acompanham a leitura. As escolhas de Felix para compor a trilha sonora foram uma melhor que a outra, além nos apresentar novos títulos que eu ainda não havia escutado.


Critérios de Avaliação

a) Arte da Capa:
A capa de Noturno foi feita por César Oliveira e é muito bem feita. As Tonalidades usadas com a imagem da mulher mergulhada na água dão um ar de mistério muito convidativo.


b) Trama:
Faltou uma melhor exploração dos pontos de tensão e criação de conflitos eficazes que empenham real relevância na história. O enredo em si é bom, porém pouco aproveitado o seu verdadeiro potencial. O ponto de virada final foi muito bem explorado, conseguindo dar a tensão que necessitava à trama.


c) Caracterização dos Personagens:
Anny, Bree e Scott são bem descritos, Felix os construiu de forma bem realística, apenas não gostei das atitudes da mãe de Anny, que parece ter crise de personalidade, pois cada hora age de uma maneira diferente.


d) Qualidade do Livro (papel, letra, erros, etc.):
A diagramação de Noturno é bem simples e muito boa. Com folhas amareladas e não porosas. Falta mais uma vez nos livros da Dracaena uma melhor revisão de ortografia e gramática, pois encontrei vários erros ao longo da leitura. A qualidade do papel usado na capa é muito bom.


e) Comparação com outras obras do Gênero:
Noturno se mostrou com uma capacidade muito boa, porém pouco explorada, espero que no segundo volume seja mais bem construído sua trama e com mais pontos de conflitos e virada.


NOTA: 3,6
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[EVENTO] - Ases da Literatura - O Último dia antes do fim do mundo




(Todo o Grupo do Ases da Literatura que estavam presente no evento) 

Neste último sábado dia 22/02 aconteceu em Itaim Bibi - SP, o evento do grupo Ases da Literatura, um selo exclusivo da editora Novo Século que publicou  a antologia O Último dia Antes do Fim do Mundo organizada pela autora Lycia Barros.

(Moisés e Maria)


O lançamento ocorreu na Starbucks e assim que eu cheguei lá já me encantei com toda aquela chiqueza toda. Lugar de gente granfina é outra coisa né. A decoração daquela unidade foi a mais bonita que eu já vi.











O evento foi particularmente rápido e eu e a Carol praticamente
 alugamos todo mundo o evento inteiro. 
Alguns escritores eu já conhecia, como por exemplo o Augusto Assis
já outros como o Fábio Abreu e a Adriana Ramiro eu apenas tinha conversado pela internet. 





(Moisés e Augusto)

Mas o mico do ano aconteceu logo depois que eu cumprimentei eles. Descobri que já conhecia alguns outros como a Glau Tambra, a sorridente Cristiane Broca  e a Maria Fátima. Demos muita risada disso tudo e descobrimos de verdade como as pessoas são diferentes na vida real das fotos que colocamos no Facebook.







(maria e Cristiane)

O bate papo rolou solto em todo o evento, os autores nos recepcionaram maravilhosamente bem, e o assuntou se resumiu em: Livros (é claro), contos e música. Muita música, com direito até uma palinha da querida Glau , que se revelou uma cantora nata e apaixonada com um ótimo gosto músical.










Vimos também por lá o Guilherme Cepeda do blog Burn Book 
e depois de muita conversa e risadas e fotinhas é claro, descemos e fomos tomar um delicioso café. (não poderia faltar não é?).


(Moisés e Glau)
Com livro na mão e muitos autógrafos voltamos para casa, mas eu não aguentei a curiosidade e no caminho eu li o conto do Fábio - Sollária. Já conhecia o trabalho do autor e ele apenas ratificou o que já me era conhecido, uma qualidade ótima e uma narrativa muito gostosa de se ler. Breve terá resenha aqui pra vocês, aguardem.






Outras Fotos

(Moisés e Fábio)

 (Moisés e adriana)

(Equipe Ases da Literatura)

(Moisés, Augusto e Fábio)

(Moisés e a equipe do Ases da Literatura)








Cory Doctorow - direitos autorais e hacktivismo Like a Boss


Cory Doctorow – Escrevendo sobre pirataria e copyrights like a boss


Olá, pessoas!

Antes de mais nada, vamos deixar um aviso rapidinho. Esse é um artigo adotado. Ele já foi publicado antes no meu ~~blog~~, mas como lá o negócio é desencargo de consciência e não apenas literatura, vamos levar esse texto a sério agora, okay? Além disso, no mês que se passou desde sua publicação inicial já saiu mais novidade.

Você já ouviu falar nos livros de Cory Doctorow?


Aqui no Brasil, eles são publicados pela Galera Record; Temos dois títulos: Pequeno Irmão (Little Brother), de 2012, e Cinema Pirata (Pirate Cinema), de 2013 (os anos citados são de lançamento no Brasil mesmo). Me intriga perceber que são livros quase ocultos pela gigantesca e infindável onda de romances YA, sobrenaturais e etc. Nada contra eles, nada mesmo (é, eu sou fã de uns, e algumas pessoas diriam que os livros de Doctorow são YA, acho.), mas numa editora de grande porte como a Record, era de se esperar que esse autor tivesse pelo menos meia dúzia de fanboys ou fangirls na book-blogsfera desse país.

Aleatoriedade à parte, vamos falar dos livros citados. Pequeno Irmão é a história de Marcus, a.k.a. W1n5t0n, uma dessas pessoas extraordinárias (essa é a minha opinião, me julgue.) que gosta de burlar o sistema e tem talento para isso. Não é, no entanto, uma pessoa que vá burlar o sistema para causar o caos, e sim dessas que quer cabular aula e sair para fazer coisas mais interessantes (esses somos ou fomos todos nós, acho). O que torna o livro diferente da maioria é o que vem depois.

San Francisco sofre um ataque terrorista; Marcus e seus amigos se misturam com uma multidão apavorada, são presos e interrogados como suspeitos. Ele é detido por três dias. Para serem soltos, são diplomaticamente convencidos (leia-se ‘obrigados’) a assinar declarações que isentam seus raptores de qualquer culpa ou inconveniência. Raptores que, por acaso, são o governo.

E, no entanto, o melhor amigo dele não é solto.

Sem mais detalhes, inicia-se aí a parte que mais me interessa no livro. Cory Doctorow conseguiu algo que surpreende, ou pelo menos surpreendeu a mim; Ele tornou o livro uma declaração, um alerta e um informativo.

Por meio dos olhos de Marcus, o leitor vê a transformação da sociedade através do medo. Em troca da suposta segurança, as pessoas começam a abrir mão dos direitos e da liberdade. Nas escolas, os alunos começam a ser questionados sobre as situações em que a Constituição e suas emendas podem ser ignoradas. Transeuntes são parados em metrôs, em carros, nas ruas; Pessoas comuns começam a ser questionadas por razões ínfimas.

O nome do livro é uma referência ao Grande Irmão, antagonista que nós conhecemos em 1984, de George Orwell. Os Pequenos Irmãos são o contra-ataque, as linhas de defesa, a minoria que age para proteger os direitos que estão sendo amplamente ignorados numa caça a fantasmas que podem ou não ser monstros reais. Eles são liderados (entre aspas. Eu considero mais um exemplo do que um líder) por M1k3y, o novo alias adotado por Marcus (por falar nisso, W1N5T0N também é referência a 1984 – o protagonista da obra de Orwell se chama Winston). Usando dos truques tecnológicos que já exploravam antes dos ataques, cidadãos comuns começam a minar o sistema.

Não vou fingir que entendi tudo o que foi explicado no livro sobre tecnologia. Sou dessas que entende o básico para ser uma pessoa ‘virtual funcional’. No entanto, mesmo que não se entenda o processo da criação, é simples entender o objetivo de cada ação planejada e detalhada na narrativa. Além disso, o autor expõe dados e estatísticas interessantes sobre a probabilidade de efetivamente capturar um terrorista em meio às interceptações de cidadãos comuns, o que eu de fato entendi e registrei como algo entre cômico e perturbador.

Pequeno Irmão é um desses livros que, apesar de contar uma história, é bem mais do que isso – tem uma nem tão sutil mensagem de liberdade de expressão e da sua importância.

Muito se fala dos direitos e deveres de um cidadão, mas não acho que conheça alguém que já tenha lido a nossa constituição. Da mesma maneira, não conheço quem tenha tido aulas de política aos 16 anos, idade a partir da qual podemos votar no Brasil. Mais ainda, não vejo oportunidades de aprender sobre nossos direitos e deveres factícios nas escolas, onde supostamente formamos cidadãos que serão parte importante e vitalícia da nossa sociedade. E, pior ainda, vejo provas irrefutáveis da ignorância da população (e nessa população eu incluo) geral em épocas de eleição, quando é comum ver uma declaração não feita sendo atribuída a uma figura política aleatória e lançada em redes sociais para final único de desinformação.

Não acho que iniciar petições e fazer passeatas vá nos garantir as aulas de política que queria que existissem, no entanto, se você está lendo esse texto é porque, assim como eu, tem acesso a essa coisas maravilhosa que é a internet. Assim como Cory Doctorow, reconhece o valor da informação. E, se ainda está lendo, pode-se dizer que é um dos interessados em conhecer.

Isaac Asimov já previa autodidatas nos anos ’80. Pessoas interligadas, conectadas e armadas de acesso a bibliotecas virtuais. Era da nossa geração que ele falava, pelo menos é nisso que eu acredito. Eu comecei falando de um autor, passei a falar de um livro e ainda falarei de outro antes de terminar esse artigo errante, no entanto, já que estamos aqui, eu gostaria de ressaltar: A idéia desse pseudo-artigo veio de um punhado de livros, páginas de wikipedia e artigos aleatórios lidos do fim de 2011 para cá. Imagine o que uma pessoa poderia fazer com uma biblioteca. Imagine o que uma pessoa poderia fazer com a internet.

Agora, continuando.

Já falei de Pequeno Irmão e sua estrutura propícia à proliferação de questionamentos. Agora, para trazer o tema para algo ainda mais próximo da nossa realidade, vamos falar de Cinema Pirata.

Em Pequeno Irmão, vemos o momento exato em que uma sociedade rígida se torna, de fato, uma distopia. Em Cinema Pirata, já começamos com os dois pés sendo vigiados, em sua totalidade de dez dedos, pelo Grande Irmão.

Trent é, como Marcus, um adolescente que tem habilidade de burlar as regras e um gosto pela atividade. Num sistema que pune duramente qualquer tipo ilegal de download, ele é pego por colecionar e remendar talentosamente filmes de seu ídolo, montando curtas e criando novas histórias. Por essa atividade criminal perigosa, corrompida e ameaçadora ao bem-estar populacional em geral, ele e sua família inteira são banidos da internet.

Sim, eu também achei o conceito muito extremista. Quase cruel. Ao ser banido da internet por um ano, Trent percebe o quanto era dependente dela. Para fazer seus filmes, ele precisava de matéria-prima, de filmes para cortar. Sua mãe precisava da internet para solicitações de ajuda por conta de problemas de saúde. O pai trabalhava online. A irmã, uma prodígio de notas máximas, precisava do acesso para pesquisas e trabalhos de escola.

Cinema Pirata inicia-se dessa forma. Trent foge de casa, assustado com as conseqüências de seus atos e envergonhado por elas também. Em Londres, ele acaba encontrando toda uma subcultura, um mundo underground de pessoas que poderiam viver como mendigos, mas comem como reis. Pessoas que poderiam ser indigentes, mas, na verdade, se viram muito bem fora do sistema.

É fora desse sistema que ele começa a se inteirar de como realmente funcionam as coisas – é apenas ao sair da bolha que ele passa a observá-la e ver o que está errado. Com Vinte (sim, o nome dela é 26, apelido Vinte), personagem relevante e tão essencial aos questionamentos quanto o próprio protagonista, Trent passa a observar e, eventualmente, enfrentar o sistema que criou as regras que ele quebrou, causando todos os problemas de sua família.

Como foi com Pequeno Irmão, os questionamentos estão muito presentes e nada escondidos (eu sei que é meio pleonasmo, mas entenda que a presença é tão forte que precisa ser duplamente citada). Na verdade, eles são ainda mais profundos, porque junto da perspectiva do erro, o autor apresenta a improbabilidade da correção. O que está errado está tão errado que reparar o sistema tornaria necessária a mobilização das pessoas que o corromperam. Para melhorar o sistema, seria necessário destruí-lo ou vencê-lo.

Apesar das previsões apocalípticas, quando olhamos bem para a nossa própria política, não há muito motivo para negar: Nosso sistema está quase tão corrompido quanto o de Trent, e acredito que esteja tão irreparável quanto.

Eis um quote lindo do livro no que refere à rotulação de downloads como roubo:

“... se é apenas roubo, por que as penalidades não são as mesmas que para roubo? Furte um filme da locadora e pague uma multa de vinte libras, se é que paga. Baixe o mesmo filme no Pirate Bay na Romênia e eles colocam você na cadeia. Vai entender.”

Acho que ainda não foi citado que Cinema Pirata é, em parte, inspirado em protestos contra projetos como SOPA, PIPA e ACTA (vocês se lembram deles?), mas é dito nos agradecimentos do autor no início do livro. É quase impossível falar de copyrights e liberdade na internet sem lembrar dessas (quase) leis.

Quando falamos em pirataria, pensamos em milhões sendo perdidos por causa de operações escusas envolvendo a venda ilegal de produtos baratos, criminosos perigosos que ganham dinheiro com o trabalho dos outros, mas uma grande parte é de adolescentes sem dinheiro baixando coisas que eles de fato apreciam (e, em alguns casos, que comprarão quando tiverem o dinheiro, ou comprariam se tivessem) sem lucrar nada. O mesmo vale para livros; No entanto, Cinema Pirata abre nossos olhos para alguns fatos relevantes, e o próprio autor é um registro dissonante (assista Minority Report): Cory Doctorow deixa seus livros disponíveis para download gratuito em seu site. Em um artigo no site da Forbes, inclusive, levanta pontos interessantes sobre isso.

“A maioria das pessoas que baixa o livro não acaba comprando-o, mas não o teriam comprado de qualquer maneira, então eu não perdi nenhuma venda, apenas ganhei audiência. Uma pequena minoria de downloaders trata o e-book gratuito como um substituto para o livro impresso – essas são as vendas perdidas. Mas uma minoria bem maior trata o e-book como uma incitação à compra do livro impresso. Essas são vendas ganhas. Enquanto as vendas ganhas superarem as perdidas, eu estou à frente do jogo. Afinal, distribuir um milhão de cópias do meu livro não me custou nada.”

Embora o download ilegal em si seja hoje, em geral, uma infração, não é um crime hediondo digno da atenção massiva do legislativo e da imprensa do nosso país, – ou de qualquer outro – e há casos em que essa distribuição massiva e gratuita pode ser vantajosa. A pirataria que visa o lucro pode ser considerada um crime maior, mas as punições impingidas ao internauta como um todo acabam gerando todo esse... problema.

Chegando então às considerações finais desse artigo que acabou ficando ainda maior do que o imaginei, vamos voltar a falar das vantagens de se ler Cory Doctorow:

Dificilmente o leitor compra um livro tão político, informativo e bem estruturado propositalmente (é, eu tenho a minha geração em baixa conta). Se você não é desses e procura por conteúdo além de romance ou aventura (não que falte dos dois, tem o suficiente de ambos), não deixe de ler os livros de Doctorow – os questionamentos só são interessantes porque você se importa com o contexto no qual eles são apresentados, ou seja, os personagens e acontecimentos são de fato interessantes. Se você é dos que procuram por esse tipo específico de conteúdo, vá em frente: vale a pena.

Apesar de eu focar esse texto na parte mais séria dos livros, a narrativa é muito fácil de acompanhar, os personagens são cômicos e desbocados, as situações são hilárias (principalmente em Cinema Pirata) e o desenrolar da história é delicioso. O fato de o autor de fato chamar o leitor a conhecer mais dos seus direitos e deveres, efetivamente exercê-los e até mesmo VOTAR não deve ser levado em conta se for te fazer desistir da leitura (novamente, peço desculpas às pessoas que estão indignadas com a minha desilusão generalizada). Mas, sinceramente, acho que livros como esse são a salvação da nossa geração alienada (O DRAMA!).

E, só para não passar batido, ficam essas pequenas referências de Doctorow nos nossos grandes sucessos literários atuais: O autor Scott Westerfeld o rotula como ‘Inovador’ em seu livro Tão Ontem (So Yesterday), nos créditos finais. Em Jogador Nº 1 (Ready Player One), de Ernest Cline, Doctorow foi citado brevemente como Presidente do Conselho de Usuários do OASIS junto com Wil Wheaton (de acordo com o protagonista-narrador, ele, como a grande maioria dos caça-ovos, votaria para reeleger os dois de novo. Fica a impressão de um trabalho bem feito e até de uma certa admiração de um autor pelo outro (mas eu sou influenciável e minha opinião é apenas a minha opinião). Na verdade, acho que foram esses easter-eggs que me fizeram prestar mais atenção em Cinema Pirata quando saiu.

Detalhe: Acabou de sair (em 05 de fevereiro) a continuação de Pequeno Irmão, Homeland, e eu já estou esperando o meu chegar! Apesar disso, Little Brother pode ser lido como standalone.

Acho que é isso. Provavelmente deu pra perceber que eu recomendo esses livros, mas lê-los é uma escolha individual de cada leitor. Se decidir lê-los e sentir a mesma vontade intensa e curiosa de estudar um pouco da estrutura política ao seu redor (mesmo que seja escondido, “só pra saber”), por favor, compartilhe isso comigo. Eu simplesmente não suportaria ser a única.

Esse é um artigo escrito por Regina N. Umezaki, que resolveu pesquisar sobre a licença usada por Cory Doctorow em usar nesse texto também. Os termos estão ali em baixo, gente linda


Bibliografia / Bibliography:

Pequeno Irmão, de Cory Doctorow;
Cinema Pirata/Pirate Cinema, de Cory Doctorow;
Jogador Nº1, de Ernest Cline;
Tão Ontem, de Scott Westerfeld;
 Artigo na Forbes;
Wikipedia;
O site do autor;
Creative Commons;

A previsão de Isaac Asimov mencionada:


Veja também a constituição brasileira.


Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

[SÉRIE] - A Ovelha e o Dragão - Renata Martins

Hoje o livro indicado é A Ovelha e o Dragão. O livro foi escrito pela escritora Renata Martins e está em seu segundo volume nas livrarias. O primeiro volume da série Os Escolhidos foi lançado no ano de 2011 através da editora Danprewan. O segundo foi lançado no ano de 2012 com o nome de A Restauração. A autora anunciou em seu blog que estará terminando o terceiro volume da série em breve.


Os Escolhidos
A batalha espiritual está presente no mundo o tempo todo, mas nem todas as pessoas têm consciência disso. Para alcançar seus objetivos maléficos e destruidores, os demônios procuram brechas entre os homens, oportunidades que lhes permitam atacar as forças do bem. Destruindo-as, acreditando que poderão vencer Deus, dominar o mundo e instaurar o mal sobre a terra. Assim é a guerra travada no mundo espiritual. No cenário desta história, a igreja do pastor Carlos está conseguindo resultados muito positivos junto à população da cidade. Muitas pessoas estão voltando a atenção para Deus e para os valores cristãos. Porém, o sucesso da igreja é justamente o que desperta a fúria de demônios que, por causa da barreira criada pelas orações do povo de Deus, não mais têm livre acesso para causar malefícios às pessoas. Por causa disso, os demônios decidem usar os satanistas, seus adeptos, elaborando um plano traiçoeiro e diabólico para destruir a igreja, retomando de volta o terreno perdido. Em meio a esse conflito, Raquel e Cristiano se conhecem. Ela, filha do pastor Carlos; ele, filho de um rico e influente político da cidade, que está iniciando um grande empreendimento imobiliário. Porém, o que Cristiano não sabe é que seu pai também é obrigado a fazer um pacto com um poderoso demônio que exige que ele destrua Raquel, seu pai e a congregação inteira, retomando assim a liberdade para atuar livremente.



INFORMAÇÕES:
Edição: 1
Editora: Danprewan
ISBN: 9788577670352
Ano: 2011
Páginas: 298
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A RESTAURAÇÃO

Cristiano abandona a seita satanista Os Escolhidos e tenta viver plenamente seu amor com Raquel, a filha do pastor, que ele deveria destruir. Ele só não contava com a vingança d'Os Escolhidos e a possibilidade de sua real identidade, a de satanista infiltrado, ser enfim descoberta por todos. Esse amor terá a força necessária para resistir a tantas tribulações?

INFORMAÇÕES:
Edição: 1
Editora: Danprewan
ISBN: 9788577670444
Ano: 2012
Páginas: 398

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[LANÇAMENTOS] - Harlequin

vários lançamentos aconteceram neste m~es de Fevereiro, e entre as editoras a editora Harlequin foi uma das que mais lançaram novas edições.
então vamos conferirmos os lançamentos da editora neste mês?


SEGREDOS DE OURO & ALTA INQUISIÇÃO
Defendendo seu legado... A qualquer custo.Quando um escândalo ameaçou a reputação da casa de leilões com o nome de sua família, Vance Waverly suspeitou que algum funcionário estivesse vazando informações para a mídia. Estaria sua bela assistente, Charlotte Potter, arquitetando a ruína dos Waverly? Só havia um jeito de descobrir: seduzindo-a!
Alta Aquisição: Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três… Vendido para o caubói sexy! Para Macy Tarlington, a única vantagem de ver as posses de sua mãe indo a leilão é poder admirar Carter McCay, o texano alto que arremata o famoso anel de diamante.




INFORMAÇÕES:
Edição: 31
Editora: Harlequin Books Brasil
ISBN: 9788539806522
Ano: 2013
Páginas: 320


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TENTAÇÃO E VINGANÇA
Muitas vezes os homens arrumam motivos para desconfiarem de mulheres que, na verdade, são vítimas, e não algozes. Descubra como Santiago e Declan perceberam o quanto estavam errados em relação a Lucy e Chloe. E como elas fizeram para provar sua inocência!


INFORMAÇÕES
Edição: 194
Editora: Harlequin Books Brasil
ISBN: 9788539806539
Ano: 2013
Páginas: 320

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NOITES ESPECIAIS
Nesta edição apresentamos duas histórias sobre mulheres de mundos diferentes, porém em busca de liberdade. Charlotte aproveita uma brecha para viver uma despreocupada noite de amor com um estranho. Já Zoe será entregue a um sheik cuja reputação de fera já a deixa atordoada. Porém, ao vê-lo pela primeira vez, ela percebe como irá domá-lo…


INFORMAÇÕES:
Edição: 195
Editora: Harlequin Books Brasil
ISBN: 9788539806539
Ano: 2013
Páginas: 320

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[RESENHA] - Morte Súbita


Informações: 
Edição:
Editora: Nova Fronteira 
ISBN: 9788520932537 
Ano: 2012 
Páginas: 504 
Tradutor: Maria Helena Rouanet 
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Sinopse: Quando Barry Fairbrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque. A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra. Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista. A vaga deixada por Barry no Conselho Distrital logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas? 



Se você pega esse livro achando que é uma versão adulta de Harry Potter, desista! Logo de cara pode-se perceber a sutileza na mudança no estilo juvenil da J.K. Rowling e isso muito me agradou. A narrativa desde o inicio é forte, como é a sua marca registrada, apesar da historia ser mais densa e desse inicio ser mais lento não é algo maçante de se ler. É realmente rico em detalhes. 

O livro começa com a morte (súbita) de Barry Fairbrother. O leitor encara isso como algo normal e inevitável, afinal é apenas o começo e alguém tem que morrer, porém conforme a narrativa se desenvolve e a comoção entre os moradores pela morte dele é contada, começa uma mudança de pensamento. Passamos a conhecer tão bem Barry através dos olhos de seus amigos (e inimigos) que a vontade de tê-lo conhecido em vida é tão grande que chega a ser estranha. 

Pagford é uma cidade de interior bem agitada por conta dos seus moradores, e com essa vacância (cargo vago) tudo está ainda mais agitado. A disputa pela vaga acaba gerando vários eventos e isso guia a história para outros rumos. 

A história demora um pouco pra começar a encorpar, mostrando os rumos que irá seguir, mas depois é realmente empolgante. Após o leitor ser devidamente apresentado aos personagens o foco central da trama começa a desenrolar e acaba atiçando a curiosidade. 

A cada nova pagina a trama esquenta, apesar de ser uma historia densa e pesada ela não é parada e sempre está acontecendo algo novo. J.K. Rowling surpreende a cada novo paragrafo descrevendo as varias facetas humanas em cada um dos personagens, desenvolvendo uma critica sobre o verdadeiro caráter das pessoas. Trabalhando com bullying, xenofobia, a descoberta da sexualidade, a rebeldia na adolescência, a violência em casa e a vida de aparências. Realmente fiquei deslumbrada como tudo se interliga ao redor de uma morte súbita em uma cidade pequena. 

Seus personagens são tão bem trabalhados que ficamos com a impressão de que os conhecemos pessoalmente. E o que mais me chama a atenção é que a família de Barry, cuja a morte desencadeia tudo, é meramente secundária, pois tudo gira em volta do Conselho Distrital e todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente. Assim, não há apenas um protagonista, mas a cidade de Pagford em si é o centro da trama. 

E em meio a toda essa confusão estão os adolescentes do livro que veem seus pais brigar por algo que ainda não entendem. E como sempre os adolescentes são os personagens mais profundos e melhor descritos pela Rowling. 

Eu acabei demorando mais que o costume pra terminar de ler esse livro. Eu dei uma longa pausa na leitura. Não porque o livro não estivesse envolvente ou interessante, mas sim por sua densidade. Não é um livro pra se ler quando se está doente ou muito estressado, pois isso tiraria o foco e esse é aquele tipo de livro para se analisar as situações e contextualizar com a sociedade em que vivemos. Pagford tem muito, senão tudo, do que vivemos em nossos bairros, com nosso sistema de governo e toda a jogatina que isso tem. A análise de cada personagem e os motivos que os levam a ter algumas atitudes deve ser feita com calma e apesar de ser ficção são tão criveis que valem a pena pensar um pouco a respeito e se colocar no lugar para saber da própria reação na mesma situação. 

Eu adorei a essência da historia, afinal foi um ciclo completo na vida de toda a cidade, desde a morte de Barry Fairbrother até o desfecho que se teve. Realmente apreciei como cada família foi tendo seu final que de certa forma eu estava torcendo. J.K. Rowling realmente criou um universo fácil de se gostar e envolver. 

O livro é uma verdadeira obra de arte, cheio de ódio, rancor, remorso, inveja, ciúmes, um humor negro que fere e, como também não pode faltar, carinho, afeto e amor. Essa trama foi algo realmente poderoso e envolvente, digno de uma autora de peso como J.K. Rowling. 



Critérios de Avaliação 


a) Arte da Capa: 
A capa veio na versão inglesa. Eu particularmente não gosto dela. É extremamente simples, e seu tom amarelo gema é detestável. Pra quem é visual essa capa não é nem um pouco atrativa. 


b) Trama: 
A trama é densa e pesada, cheia de palavrões, com muitos personagens. É bem rica em detalhes e muitíssimo bem costurada, não deixando nenhuma ponta solta. 


c) Caracterização das Personagens: 
Os personagens são descritos com uma riqueza de detalhes incríveis. Há os odiosos, que de tão odiosos acabam conquistando a afeição do leitor. Cada um com sua historia cativa a atenção e deixa curioso sobre o seu futuro dentro da cidade. 


d) Qualidade do Livro (papel, letra, erros, etc.): 
A diagramação está boa, as letras são de tamanha médio o que ajuda e muito na hora de ler. O papel é liso, num tom creme o que também deixa a leitura mais confortável. A revisão está maravilhosa. 


e) Comparação com outras obras do gênero: 
Rowling me fez lembrar um pouco das obras da Agatha Christie, que também trabalha a fundo todos seus personagens e a vida nas pacatas cidades britânicas. Com a mistura de emoções e as criticas veladas em cada situação Morte Súbita é um livro único. 


Nota: 5,0 




sábado, 23 de fevereiro de 2013

[NOVIDADES] - Série Hush, Hush - Carta de Patch para Nora


Atenção fãs da série Hush, Hush (Sussurro), a novidade de hoje é especialmente para vocês!
A editora Intrínseca disponibilizou no site oficial da série no país uma carta do personagem Patch para Nora, conteúdo que foi originalmente publicado em uma edição especial de Finale.



Pra vê-la na íntegra, acesse a página: http://www.seriesussurro.com.br/carta-do-patch-para-a-nora/

[TRAILER] Game of Thrones - 3ª Seanson

Hoje as novidade estão recheadas de boas notícias.
Ontem saiu o Trailer da Terceira Temporada da aclamada série Game of Thrones. A saga de George Martin que fez sucesso pelo mundo todo e já ganhou milhões de seguidores por todo o globo terrestre, vem contudo. Exibida pela gigante HBO quem é fã com certeza não pode perder a estréia.



[BOOK-TRAILER] - Lições de Vida


Essa semana pelo jeito o pessoal da editora Novo Conceito tem trabalhado bastante, foram três Book-Trailer liberados de seus lançamentos do mês de Fevereiro. E ontem ela disponibilizou o Book-Trailer de Lições de Vida da autora Anne Tyler.

LIÇÕES DE VIDA
Sinopse:
Maggie Moran e seu marido são comuns, até um pouco tediosos. E é esse realismo que torna esta história tão eficaz e comovente... Começa em um dia de verão, quando Maggie e Ira viajam de Baltimore para a Pensilvânia para um funeral. Maggie é impetuosa, desastrada, desajeitada, propensa a acidentes e
tagarela. Ira é reservado, preciso, respeitável, tem uma mania irritante de assobiar músicas que traem seus pensamentos mais profundos e acha que sua esposa transforma os fatos de maneira que se encaixem na sua opinião sobre as pessoas que ama.
Ambos sentem que seus filhos são estranhos, que a cultura das novas gerações está indo por água abaixo e que, de alguma forma, se enganaram com essa sociedade cujos valores não reconhecem mais. Mas esta viagem vai levá-los a refletir sobre estas angústias, e vai mostrá-los como é importante reavaliar seus sentimentos.


INFORMAÇÕES:
Edição: 1
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581632247
Ano: 2013
Páginas: 368
Tradutor: Denise Tavares Gonçalves

Skoob: [LINK AQUI]



BOOK-TRAILER

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Resenha – Jogador Número 1





INFORMAÇÕES:


Edição: 1
Editora: LeYa Brasil
ISBN: 9788580442687
Ano: 2012
Páginas: 464
Tradutor: Carolina Caires Coelho



Skoob: [LINK AQUI










SINOPSE:
Cinco estranhos e uma coisa em comum: a caça ao tesouro. Achar as pistas nesta guerra definirá o destino da humanidade. Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada Oasis. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa e quem achá-las herdará toda a sua fortuna. Como a maior parte da humanidade, o jovem Wade Watts escapa de sua miséria em Oasis. Mas ter achado a primeira pista para o tesouro deixou sua vida bastante complicada. De repente, parece que o mundo inteiro acompanha seus passos, e outros competidores se juntam à caçada. Só ele sabe onde encontrar as outras pistas: filmes, séries e músicas de uma época que o mundo era um bom lugar para viver. Para Wade, o que resta é vencer – pois esta é a única chance de sobrevivência. A vida, os perigos, e o amor agora estão mais reais do que nunca. O Jogador nº1 também estará nas telas pela Warner, e sua produção está sendo divulgada como o próximo AVATAR dos efeitos especiais!

***
 
FAAAAALA MACACADA! =D

Eu sei que eu passei bastante tempo longe e tenho que pedir desculpas por isso. Mas eu estava de férias na minha cidade linda (Salvador), me diverti muito e sei que vocês vão me perdoar. Agora estou cheio de energia da Bahia, e como presente de desculpas e pra mostrar que estou realmente feliz, vamos falar de livro bom!

Já ouviu falar de Jogador Número 1?







Vou logo dizer sem rodeios que esse é um dos melhores livros que li nos últimos tempos, então todos nós já sabemos que ele merece cinco estrelas na avaliação ali no final. Mas então deixa eu mostrar de onde veio tanta empolgação.

O livro é o relato Wade Watts sobre a maior aventura de sua vida. Sim é em primeira pessoa. Mas o autor não comete aquele erro da onisciência. Toda a narrativa flui somente de acordo com o que Wade viu e experimentou. Outro trunfo do texto é que o livro é mesmo um relato feito pelo próprio Wade, como se ele estivesse contando o que aconteceu no passado. Dessa forma o autor consegue inserir comentários e explicar coisas sem perder o rumo da historia ou atrasar a linha de pensamento. Esse formato de narrativa, para mim, é melhor do que o formado “querido diário” como acontece em A Maldição do Tigre, ou o formado “está acontecendo comigo agora”, tipo A Bruxa de Blair.

O único problema é que como é o protagonista contando a sua própria historia em um passado remoto, então você sabe que ele não vai morrer. O que é meio que um spoiler. Mas em compensação você sente como se estivesse conversando com o próprio Wade. Como se vocês fossem velhos conhecidos e ele estivesse narrando, ao vivo, a historia de sua vida. E com isso você desenvolve um relacionamento maior com ele, pois sente como se ele estivesse perto. Também dá pra sentir os momentos de tensão, ação e emoção da historia de forma totalmente diferente. Já que, como você está escutando do próprio Wade, dá pra ouvir a diferença no tom de voz, na velocidade da narrativa. Dá até par perceber quando ele está empolgado contando as coisas ou quando está com o rosto abatido, lembrando de dores do passado que ainda não superou.



A historia em si é bastante empolgante também. É sobre o nerd excluído tendo uma verdadeira jornada atrás de seu sonho. Falando da historia, acontece o seguinte:
No futuro, a humanidade conseguiu usar todo o petróleo do planeta. Isso causou vários danos à natureza e a terra está arrasada. Como se não bastasse, a crise do petróleo destruiu a economia do mundo e a vida das pessoas. Ou seja, viver é uma merda. No meio disso tudo existe um jogo que passou a ser o local de fuga das pessoas (exatamente como a TV é hoje, só que com mais força). James Halliday, o inventor do jogo, naturalmente, ganhou MUITO dinheiro. Mas ao morrer, James deixa um vídeo-testamento indicando que toda a sua fortuna irá para a primeira pessoa que encontrar seus easter-eggs dentro do jogo. A corrida começa. E a corrida é frenética.

O ritmo do livro é realmente incrível. Eu não conseguia parar de ler. Às vezes pegava o Metrô, virava algumas páginas, e de repente já estava no terminal. Eu lia andando e na hora do almoço, eu deixava de assistir minhas series para ler.

Apesar de ler tanto de uma só vez eu não fiquei cansado. A narrativa tem vários pontos de respiro. Além da ação e da aventura, que parecem acontecer todo o tempo, a historia também conta com momentos engraçados, tristes e até românticos. Há momentos em que Wade fica um longo tempo sem progredir no jogo, o que dá certa aflição, já que todo o resto do mundo está correndo enquanto ele não faz nada.


Esse é outro ponto que achei bom. Wade não é o herói comum. Estamos acostumados a Heróis perfeitos ou Heróis que tem defeitos tipo raiva ou orgulho. Em Jogador Número 1, o protagonista é o cara Nerd, gordo, cheio de preguiça e medo. Que é tímido e tem dificuldade de se relacionar com outras pessoas. Que é pobre e tem vergonha. No entanto a historia também não se passa só dentro do Jogo. Ele precisa sair para o mundo real e enfrentar seus problemas e enquanto a historia vai progredindo, Wade também evolui. Mas ele não perde o jeito ou as características principais.

Jogador Número 1 também conta com outros personagens cativantes. Todos os amigos que Wade faz na jornada são diferentes e conseguem nos arrebatar de algum modo. E, se não fosse por eles, Wade não conseguiria chegar nem na segunda fase. É um desses livros que sabem mostrar o valor que tem as amizades. O livro também consegue abordar temas delicados como a exclusão, a timidez, o bullying, as escolhas e o amor de forma tão natural que é fácil trazer para a nossa vida e aprender com ele.

Por falar em coisas que o livro traz. Deixei o melhor para o final. Jogador Número 1 é uma ode aos Videogames e aos Anos 80. A busca aos Easter-eggs de Halliday está toda embasada nesses dois tópicos. Caramba! Eu aprendi um mundo de coisas com esse livro. Reconheci outros tantos milhões de referencias e tive vontade de conhecer outras tantas. É verdade que teve muita coisa que eu não reconheci. Mas por causa do livro, comecei a pesquisar e descobri vários tesouros.

Bem, já deu pra perceber que este está entre os que mais gosto ne? Vamos agora para os



Critérios de Avaliação

a) Arte da Capa: A capa é bem simples, mas muito boa. Tem um “1” enorme, em neon e um tipo bem atual contrastando com o título e o nome do autor logo abaixo com tipografia pixelizada igual aos videogames de antigamente. A capa não tem elementos que poluem ou competem por espaço. Tem harmonia tanto nas cores como no equilíbrio dos elementos.

b) Trama: A narrativa tem um bom ritmo e é bem estruturada. Também é dividida em três partes bem claras, o que ajuda a lembrar da historia depois sem se perder.

c) Caracterização dos Personagens: Os personagens são cativantes e fáceis de se identificar com o leitor. Todos estão bem estruturados e sua essência não se perde no meio da historia.

d) Qualidade do Livro (papel, letra, erros, etc.): O livro tem as margens bem divididas e a tipografia não cansa a visão. A capa, apesar de brochura, tem certa resistência devido à laminação. Uma coisa que achei interessante é que a divisão das Fases do livro é feita com papel inteiramente preto, então dá pra ter uma ideia de onde você está na historia somente olhando para a lateral do livro.

e) Comparação com outras obras do Gênero: É verdade que eu não leio muitas distopias. Mas, apesar da minha falta de conhecimento, Jogador Número 1 consegue se diferenciar pela diversidade de referencias que tem. Também gosto de pensar que a distopia que esse livro oferece não é tão absurda, é muito mais fácil de acontecer.

Nota: 5

    







Resenha - Jogador Número 1 de Jau Santoli é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.

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